POLÍTICAS CULTURAIS DO GOVERNO MOON JAE-IN (문재인, 2017-2022) PARA A ONDA COREANA, por Helmer Marra

 

Introdução

O presente trabalho tem como tema as políticas culturais no mandato de Moon Jae-in ( 재인) na República da Coreia, com um recorte para aquelas sobre a Hallyu (Onda Coreana). Para isso, objetiva-se apresentar um panorama do que foi estabelecido e descrever alguns dos resultados adquiridos por meio da Diplomacia Pública. Justifica-se a relevância dessa pesquisa dada a falta de publicações acerca da temática, seja com foco nos esforços governamentais para com a Onda Coreana, seja na necessidade de mais investigações em língua portuguesa na área dos estudos coreanos, em constante emergência no Brasil.

 

A administração de Moon iniciou em um período atípico para os sul-coreanos, em maio de 2017, após as eleições em março, devido à saída da presidente Park fruto da ação de impedimento que a tirou do poder. Como parte do Partido Democrata, o novo presidente era liberal e um dos seus expoentes foram as várias conversas diplomáticas com Kim Jong-un ( 종운), líder da Coreia do Norte, numa visão da península unificada. O mandato em questão é apontado por Jin [2021] como o início da Hallyu 3.0 ou a Terceira Onda Coreana, dadas as novas e diferenciadas políticas culturais executadas.

 

O texto divide-se em introdução, assim como dois tópicos para contextualização, um de prática de Diplomacia Pública, um sobre discursos e um com as políticas culturais do governo e as considerações finais com o fechamento do artigo. Para fundamentar o trabalho, empregou-se a revisão bibliográfica em artigos científicos sobre o mandado de Moon Jae-in, a Diplomacia Pública sul-coreana e as políticas culturais voltadas para a Hallyu no período de 2017 e 2022. Os termos em coreano encontram-se romanizados conforme ou o padrão revisado pelo Instituto Nacional da Língua Coreana (National Institue of Korean Language) ou a versão revisada na literatura publicada.

 

Onda Coreana (Hallyu) e a Diplomacia Pública

As políticas de incentivo à cultura e suas diversas expressões começaram a ser feitas com a criação do Ministério da Cultura no governo Roh Tae-woo em 1989. Na década de 1990 iniciam-se os fomentos a Indústria Cinematográfica sul-coreana, que mais tarde marcam parte do início da Hallyu, com a industrialização do setor cultural. O termo foi cunhado somente no final daquela década, como o consumo de jovens chineses dos produtos culturais sul-coreanos que eram exportados pela China [LEE, 2019].

 

Em 1999, o presidente Kim Dae-jung (김대중, 1998-2003) proclama o Ato Básico de Promoção das Indústrias Culturais, como primeira expressão para formalização de incentivo da Onda e a importância que o Estado daria para a cultura [PARK, 2015]. Reforça-se que já haviam fomentos ao setor, todavia sem uma lei própria para regulamentação. Até 1997, quando a Crise Asiática atinge a Coreia do Sul, o objetivo era de um retorno econômico e posteriormente ganha um caráter de mudança da imagem do país frente a comunidade internacional [LEE, 2019].

 

Devido à mudança de paradigma, também alteram-se a forma do governo de pensar e executar as políticas culturais (inter)nacionalmente. Em que a Onda passa a funcionar como um instrumento da Diplomacia Pública [NYE, 2008; JIN, 2022; KAMON, 2022], no esforço de construção de um nation branding [FAN, 2010]. Para atrair vários atores, sejam Estados ou Organização Internacionais, sejam indivíduos não-oficiais para promovem por um consumo de adereços como os valores e os produtos culturais coreanos para o mundo [BADER, 2016].

 

Crise do THAAD

Dada a continuidade da crise do THAAD, iniciada no mandato de Park Geun-hye (박근헤, 2013-2017), em 2016, a administração Moon foi obrigada a tomar medidas. Visto que empresas como CJ E&M, SME, YGE e JYPE como grandes expoentes da Indústria de K-Pop pelo mundo tiveram queda de mais de 30% em suas ações, como outras de cosméticos e lojas duty-free. Essas são lojas de aeroporto, consideradas com preços mais baratos do que as fora daquela dependência devida a baixa carga nos impostos. Feitas para atrair turista que passam pelo local para comprarem e levarem o produto para seu país de destino. Elas foram afetadas pela sua dependência do mercado chinês, o que gerou sequelas nas políticas governamentais e na marca nacional sul-coreana [KAMON, 2022].

 

Em medida para sanar isso foi lançada a Nova Política Sulista (New Southern Policy). Atenção especial é dada à necessidade de aumentar os planos “relacionados às pessoas” que incluem um foco na melhoria do turismo doméstico por meio do aumento dos intercâmbios culturais. Há também metas para a criação de bolsas de estudos para estudantes internacionais, expansão de intercâmbios governamentais com estagiários industriais, expansão de intercâmbios de funcionários públicos, apoio adicional a trabalhadores estrangeiros, assistência adicional na erradicação da pobreza, desenvolvimento rural e cooperação para o desenvolvimento em serviços médicos. Mais uma evidência é a demanda pela expansão do marketing da Onda Coreana voltada para o países-membros da ASEAN e a promoção da “exportação de bens de consumo coreanos para o mercado por meio de canais de compras domésticas no exterior” [KAMON, 2022, p. 16 – Tradução livre].

 

Sunshine Policy e as Olimpíadas de Inverno de 2018

Como parte da Política da Luz do Sol (Sunshine Policy), iniciada por Kim Dae-jung e que retornou no governo Moon, o grupo feminino de K-Pop Red Velvet foi enviado com uma comitiva diplomática até Pyongyang, capital da Coreia do Norte em 2018 para um concerto. Durante o programa de Talk Show sul-coreano ‘Ask Us Anything’ (Homens em missão, no catálogo da Netflix Brasil), as membras foram questionadas das impressões da experiência no norte. Elas relataram alguns de choques culturais, desde forma de comer macarrão frio até a surpresa com a quantidade de informações sobre elas que alguns oficiais norte-coreanos sabiam [PARK, 2018, online]. O envio da comitiva, as discussões feitas durante o período da visita e o show de K-Pop no norte demonstram várias formas de prática da Diplomacia Pública pelo governo. Havia a disposição de usar essa parte da marca nacional sul-coreana para auxiliar na melhora do relacionamento dos países na península.

 

Os Jogos Olímpicos de Inverno que ocorreram em 2018 pela primeira vez em território sul-coreano, na cidade de PyongChang (평창), província de Gangwon-do, região das montanhas Taebaek (태백 ) pontua mais uma prática diplomática. Com os jogos de verão ocorrido em 1988, após a liberação do país. Ambos os eventos marcaram a força do poder brando do país, com a atração do público estrangeiro que queria assistir aos jogos e que poderia verificar, tanto a infraestrutura da cidade adequada para os jogos, como o preparo para a recepção.

 

Como parte da Sunshine Policy, os atletas de ambas as Coreias desfilaram com uma bandeira da península unificada e competiram separadamente, como já ocorrido em anos anteriores. Esse ato pode ter auxiliado no fortalecimento dos laços entre os dois países, em detrimento da descrença midiática sul-coreana [METZLER, 2018; LEE, 2018]. Também como prática do poder brando, a solista CL e o grupo masculino de K-Pop, EXO apresentaram na cerimônia de encerramento dos Jogos, dirigida pelo diretor chinês Zhan Yimou, também responsável pela apresentação dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing de 2022 [KANG, 2018].

 

Discursos de Moon Jae-in e a importância da cultura

Baseando-se na metodologia de análise de Jin e Kim [2016] sobre a incidência da Diplomacia Cultural dos discursos presidenciais, far-se-á com os do presidente Moon Jae-in. Estão disponíveis publicamente coletâneas de discursos seletos do primeiro ano, 2017-2018 até o quarto, 2020-2021, em língua inglesa. Foram analisados os discursos com o fim de encontrar referência as políticas culturais e alguns de seus produtos pela repetição de algumas palavras. Alerta-se que a mera menção de algumas não implica uma real importância ao objeto, mas denota sua presença como alguma parte da agenda de políticas da administração.

 

Do primeiro ao último ano, somente quatro palavras-chave repetiram-se pelo menos uma vez: Culture; Cultural; Hallyu; K-Pop (Respectivamente: Cultura; Cultural; Onda Coreana; K-Pop). No primeiro ano, menciona-se pontualmente a cultura, somente um adereçamento à Hallyu (Onda Coreana), aos K-Dramas (Korean Dramas/Novelas Coreanas) e ao K-Pop [MOON, 2018]. Já no segundo, há um aumento da importância dos produtos culturais provindos da Hallyu, que adiciona com menções ao K-Pop, como ao grupo masculino BTS. Deduz-se a nomeação do BTS nos discursos pelo discurso deles na 73º Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro de 2018 [MARRA, 2022]. Um ato político do grupo, que pontuou o valor político da Diplomacia Pública sul-coreana por indivíduos não-oficiais [BARDER, 2016] e a importância dum ato de K-Pop com seu ponto de vista para melhora social para além dos ditos grandes atores internacionais, como os Estados e as Organizações Internacionais.

 

No segundo e terceiro anos, empregam-se os termos como a tradução no inglês Korean Wave e da K-Wave (Onda do K) [MOON, 2019], essa última bastante enfatizada do governo de Lee Myung-bak (이명박, 2008-2013) [LEE, 2019]. Pode-se chamar o terceiro ano da administração Moon (2019-2020), quando a cultura toma mais corpo nos discursos. Com alguns em específicos sobre a Indústria de Conteúdo, outros nas trocas comerciais com outros países, o que substância a forma da Hallyu para além dos consumidores diretos e credita os retornos dos investimentos no setor cultural para outros atores políticos [MOON, 2020].

 

Por fim, tem-se o quarto ano (2020-2021), onde destacam-se a Onda Coreana e o K-Pop como novo carro-chefe dos produtos culturais, como foram os K-Dramas na década de 1990. Há mais um reforço a importância do grupo BTS e adiciona-se uma citação ao grupo feminino BlackPink [MOON, 2021]. Aqui, apesar das menções diretas a cultura estarem com menor frequência do que o ano anterior, aumentam-se dos incentivos à mesma. Visto que em março de 2020, é lançado Plano da Política de Promoção da Nova Onda Coreana (Policy Plan for Promoting the New Hallyu). Esse Plano mudou uma série de perspectivas, para melhorar o acesso aos públicos consumidores que estavam isolados em suas residências dada a pandemia de COVID-19, iniciada em março de 2020 [KAMON, 2022].

 

Pandemia de COVID-19: crise, solução e inovação para a Hallyu

Jin [2021] aponta que os esforços do setor privado para promoção da Onda Coreana, que possuem seus próprios interesses e muitas vezes não vão de encontro com aqueles do Estado, geraram melhoras significantes. Devido ao sucesso global e ganho de prêmios pelo grupo de K-Pop BTS com suas músicas e performances, além dos vários discursos na Assembleia Geral das Nações Unidas (2018; 2020; 2021) fizeram mais pessoas olharem para os produtos culturais da Hallyu. Os óscares angariados pelo filme Parasita (기생, 2019), dirigido por Bong Joon-ho (봉준) e o sucesso de visualizações do K-Drama na lista da Netflix em vários países, Squid Game (Round6) em 2021 também expuseram o poder do audiovisual sul-coreano. Na questão de exportação do governo, houve um salto de $188,9 milhões em 1998 para $6.240 milhões em 2018 em exportação da cultura popular e tecnologias digitais pelo globo como parte das Indústrias Culturais [KOCCA, 2019 apud JIN, 2021, p. 4147]. Esses proventos descontam os ganhos de Parasita e Squid Game, mas que nos anos posteriores foram essenciais para melhora nas políticas culturais para a Hallyu.

Em adição as políticas para Onda Coreana, em 2020, o governo anunciou a Nova Hallyu (K-Culture), com características periódicas e com quatro estágios com o Plano Política para promoção da Nova Onda Coreana. Os objetivos contidos nesse novo plano vão desde uma melhora do turismo por observar como a comida tailandesa apresenta-se até novas maneiras de construir a interações com as pessoas em shows online dada a Pandemia de COVID-19. Somados a construção de um banco de dados apropriados para a Onda Coreana e com medidas de cooperação entre os ministérios sul-coreanos, como as agências públicas [KAMON, 2022]. Todos esses foram fundamentais para uma alteração de paradigmas em diversos níveis da Onda Coreana e como ela seria vista pelo mundo nesse novo governo.

 

No relatório ‘Hallyu Now’, volume 42, publicado em 2021 pelo KOFICE, demonstra como as “apresentações virtuais realistas” foram empregadas. Na qual a SM Entertainment superou essas preocupações e lançou os concertos pagos ‘Beyond Live’, que geraram 2,5 bilhões de won em receita e estabeleceram um modelo de sucesso de apresentações online pagas. O BTS então realizou um show virtual pago, Bang Bang Con: The Live em junho; os shows de junho e outubro geraram cerca de 26 bilhões de won e 50 bilhões de won, respectivamente [KOFICE, 2021].

 

Possivelmente motivado por essa política da Nova Onda Coreana [KAMON, 2022] e o retorno de uma influência indireta do governo, Jin [2021] propõem uma nova divisão para a Hallyu, com algumas categorizações (Tabela 01). Ele aponta períodos determinados de início, apesar de poder ser discordado devido a investimentos prévios do governo na cultura [PARK, 2015], os produtos de cada nível da Onda, como deu-se a expansão deles e como foi o recorte dos públicos-alvo.

Jin [2021] comenta que a forma de promoção engrandeceu o mercado de webtoons, simultaneamente, com o aumento das plataformas OTT (Over-the-top medias) como Netflix, Disney+ e Amazon Prime que acrescentaram conteúdo sul-coreano em seus catálogos. E a política de influência indireta (hands-off) sobre os métodos de difusão da Onda Coreana, permitiram a criação de um cenário diferenciado.

 

Apesar da ênfase na Netflix e das suas ações em território sul-coreano, com a presença gradativa do audiovisual em seu catálogo que ajuda como parte de um expoente no contrafluxo de consumo para com aquilo de origem anglófona [JIN, 2021]. Meimaridis et. al. [2020] alertam sobre como essa prática advém do imperialismo de plataformas, em que uma empresa estadunidense vinda do eixo Estados Unidos-Europa mira em um mercado periférico e ocorre a desvalorização de plataformas locais, com conteúdo que possui regionalização. Logo, uma visão crítica dessas plataformas de visualização deve ser feita, apesar de auxiliar no aumento do consumo dos produtos culturais da Onda Coreana.

 

No período da Pandemia de Covid-19, iniciada no primeiro trimestre de 2020, houve uma crescente no consumo dos programas sul-coreanos nessas plataformas, dada as políticas de isolamento social para prevenir o espalhamento do vírus [YOON et. al. 2022, p. 2]. O governo da Coreia do Sul foi elogiado, apesar da intercorrência com uma idosa infectada em uma igreja lotada tido como um dos grandes surtos de contaminação no país, pelas maneiras de condução para amenizar as consequências [CHANG, YUN, 2022]. Parcialmente, a ‘facilidade’ em encontrar outros meios de prevenção encontrava-se por duas situações: (1) a flutuação de períodos de boa qualidade do ar, influenciada por usinas de carvão em países vizinhos; (2) surtos endêmicos (Contaminação por virose a nível regional, a exemplo da crise aviária) de variantes do vírus SARSCOV em anos pregressos [MOFA, 2021].

 

A primeira situação agravava dificuldades respiratórias, assim como outras doenças relacionadas ao sistema respiratório. Para prevenção disso e de alguma doença transmissível pelo ar, o governo indicava, e por vezes, exigia o uso de máscaras para seus cidadãos ao saírem de suas residências. As políticas alteravam-se consoante as particularidades de cada situação, mas como havia já um costume, a população sul-coreana conseguiu reter bastante o espalhamento da COVID-19 [MOFA, 2021].

 

Dada a situação de isolamento social em vista da pandemia, uma variedade de eventos presenciais para difusão da Onda Coreana, realizados por órgãos governamentais, passaram ou a ser realizados de maneira remota, ou eram enviados conteúdos para os consumidores. Um grande exemplo foi a Semana da Coreia, realizada desde 2017, um evento com o intento de promoção da Republic of Korea (ROK) num conjunto de elementos políticos, acadêmicos e culturais para ser entender mais sobre o país. Isso num fim de ter-se uma imagem de um país avançado para com as audiências estrangeiras [MOFA, 2018].

 

O Diplomatic White Paper de 2021, referente a 2020, aponta que mesmo na difícil situação provocada pela pandemia, cerca de 100 missões diplomáticas realizaram eventos remotos e presenciais da Semana da Coreia [MOFA, 2021]. Que incluiu apresentações de arte tradicional, exposições, palestras, festivais de cinema e danças cover de K-Pop, que atraíram grande atenção população local [MOFA, 2021, p. 327]. Esse mesmo documento traz uma inovação, a qual é um tópico específico para tratar do K-Pop [MOFA, 2021, p. 332-333], que antes somente fazia parte de citações esporádicas como parte da difusão do Festival Mundial de K-pop [MOFA, 2019]. Todavia, até mesmo na inovação, ainda há caminho para avanços na discussão dos programas governamentais que incluem os produtos da Indústria de K-Pop como parte da diplomacia pública exercida pelo MOFA [MOFAT, 2010].

 

Considerações finais

De maneira sucinta, a administração de Moon Jae-in visou estabelecer uma política de influência indireta para com a Onda Coreana, em paralelo que também empregava-a como instrumento de promoção da imagem da República da Coreia. Ki [2020] enfatiza uma fala do presidente, que em 2019, todas às vezes que ele encontrava líderes de outros países, assuntos sobre K-Dramas e K-Pop sempre surgiam. Isso reflete como o país progride em sua prática de Diplomacia Pública, como de Diplomacia Cultural, em que até mesmo líderes de outros países tem comentado sobre alguns dos vários produtos exportados como parte da Onda Coreana.

 

Um último destaque está nas políticas de prevenção ao espalhamento do vírus COVID-19 durante a pandemia (05/2020-03/2023), elogiadas por pessoas e líderes pelo globo. E como o ‘lidar com a situação’ deu-se pelo costume em outras ocorrências similares. Além de terem conseguido abrir novas formas de consumo, com as algumas plataformas de shows online, como Beyond Live e Weverse como uma forma do governo de manter a atenção dos públicos da Onda Coreana. Como prospectos para o governo seguinte, interroga-se sobre como serão as novas políticas culturais pós-pandemia? Haverá uma volta ao modelo hands-on deck/ influência direta na Hallyu e a outra possível lista de vedações ao setor cultural? Quais serão as inovações ou manutenções que as empresas de entretenimento em parceria ao Estado sul-coreano.

Referência 

Helmer Marra. Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais (Concentração: Política Internacional) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Bacharel em Direito pela Universidade Evangélica de Goiás, UniEvangélica - Campus Ceres. Pesquisador Associado do MidiÁsia (Grupo de Pesquisa em Mídia e Cultura Asiática Contemporânea) - UFF. Legendador, Revisor e Tradutor autonômo. E-mail de contato: helmer.marra@academico.ufpb.br (Acadêmico)/ helmer.marra@gmail.com (Trabalho)"


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3 comentários:

  1. Alexandre Black de Albuquerque

    As políticas culturais do governo Coreano parecem ter importância na disseminação da cultura Pop coreana pelo mundo. É possível observar influência do governo desse país no conteúdo exportado, do ponto de vista político e ideológico, como ocorre com a indústria cultural dos EUA?

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    1. Alexandre, é possível verificar que como a Onda Coreana parte das políticas governamentais, existe o viés da compra do produto cultural como parte dos valores sul-coreanos. Devido isso, existe um enviesamento ideológico de manutenção dos produtos da Onda como tendo resultados positivos. Assim como, deve-se pensar que apesar de haver um princípio de incentivo estatal, nem sempre os objetivos deste estão alinhados com aqueles das empresas de entretenimento, que visam mais o lucro e as trocas dos artistas com os fãs, mais afastados, não desconectados, de atitudes políticas. Difere-se dos Estados Unidos por haverem públicos que são "alimentados" com conteúdos diários se pensarmos na Indústria de K-Pop ou mesmo de outras partes da Indústria Musical está numa possibilidade de cobrança e resposta mais rápida, com eficiência mais visível. Isso justifica-se pela manutenção/controle de uma imagem positiva para os fãs consumidores, que ao inverso daqueles das "estrelas" estadunidenses muitas vezes consideram mais a aparência a se zelar perante a sociedade sul-coreana, tal qual internacional.

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    2. Avise-me se respondi sua pergunta.

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