LEIBNIZ E OS JESUÍTAS: O IDIOMA PRIMORDIAL, O I CHING E O INTERCÂMBIO DE CULTURAS, por Carmen Lícia Palazzo

  

Introdução

No início da chamada Idade Moderna e até o final do século XVII os europeus interessavam-se pelo debate em torno do que poderia ter sido um idioma primordial, anterior ao acontecimento bíblico que ficou conhecido como a  “confusão das línguas” da Torre de Babel [Gênesis 11]. Personalidades como Guillaume de Postel [1510-1581], John Webb [1511-1680], Athanasius Kircher [1602-1680], Claude Duret [1570-1680] e muitos outros escreveram sobre o assunto e levantaram dúvidas sobre a possibilidade de se recuperar a fala e até mesmo a escrita dos primeiros seres humanos.

 

Durante vários séculos e, certamente, durante todo o período medieval, não era questionada a afirmação de que o hebraico teria sido a língua de Adão [ECO, 2028, p. 90]. No entanto, à medida em que os europeus foram conhecendo com mais detalhes as civilizações sofisticadas do Médio e do Extremo Oriente, crescia o interesse em adaptar às suas cronologias a dos eventos relatados no Antigo Testamento. Ciência e religião alimentavam-se mutuamente no pensamento pré-iluminista, mas também alguns questionamentos abriam caminho para olhares mais detalhados sobre sociedades não europeias.

 

A busca do que poderia ter sido o idioma primordial estava presente entre as muitas discussões sobre a China, no entanto outros assuntos, como a descoberta do I Ching e sua imaginada correspondência com a aritmética binária estudada pelo matemático e pensador alemão Gottfried Wilhelm Leibniz [1646-1716], assim como a antiguidade da milenar civilização chinesa, eram parte das reflexões, não apenas dos missionários que se encontravam no Império do Meio, mas também de pensadores europeus.

 

O interesse no idioma primordial

Em uma época na qual não se duvidava da historicidade de Adão e Eva, de Noé, do Dilúvio, do episódio da Torre de Babel, enfim, de todo o relato bíblico, passava-se também a conhecer melhor o Egito e a China, principalmente através de informações oriundas de mercadores e missionários, ativos nos contatos com as sociedades geograficamente distantes da Europa. Fazia-se, então, necessário repensar a cronologia da história do mundo e também alguns de seus desenvolvimentos. Para os que acreditavam, como o jesuíta Athanasius Kircher, que a mais antiga civilização era a egípcia, o idioma primordial estaria registrado nos hieróglifos, que ele tentava, ainda que sem sucesso, decifrar [KIRCHER, 1643].

 

Ao fascínio pelo Egito, que permaneceu por um longo tempo no imaginário europeu, foram acrescentadas uma grande quantidade de informações sobre a China, que se revelava ainda mais antiga do que o império dos faraós. O próprio Kircher demonstrou interesse pela civilização chinesa, apesar de seu conhecido encanto pelos temas egípcios, que muita vezes o conduziram a se aproximar de questões ligadas ao ocultismo [GLASSIE, 2012]. O jesuíta alemão publicou uma obra tratando da China com grande riqueza de informações, boa parte delas fornecidas por inacianos que viviam no Império do Meio e que com ele se correspondiam [KIRCHER, 1667/1670].

 

Ainda que Kircher mantivesse sua opinião de que a língua primordial seria conhecida quando fossem decifrados os hieróglifos, a discussão na Europa desenvolveu-se também em outras direções. John Webb, polímata britânico que escreveu acerca de diversos assuntos, publicou um livro sobre o que ele considerava a probabilidade do chinês ter sido o primeiro idioma da humanidade. Em seu texto, Webb desenvolveu uma detalhada reflexão na qual identificava Noé com o imperador Yao, que os chineses também associavam à lembrança de um dilúvio [WEBB, 1669, p. 54-55]. Noé teria, então, chegado até a China, mas como os chineses, segundo as considerações de Webb, não estavam na região da Torre de Babel, não vivenciaram a dita “confusão das línguas” conseguindo manter entre si o idioma original. Ainda de acordo com John Webb, que analisou também textos de outros autores seus contemporâneos, a língua primordial tinha permanecido através dos séculos sob a forma escrita dos antigos caracteres chineses e o estudo de suas origens em um passado distante, se viesse a ser feito, poderia levar a informações históricas importantes [Ibidem, p. 57-59 e p. 145].

 

Por mais estranhas que tais reflexões nos pareçam atualmente, elas ocuparam as mentes de grandes pensadores da época. Sem dúvida o interesse pela história chinesa era balizado pelas problemáticas do cristianismo o que, no entanto, não excluía um verdadeiro fascínio da parte de diversos inacianos que viviam uma profunda imersão naquele mundo tão distinto da Europa. Mundo que eles, através de seus relatos e de sua correspondência, apresentavam detalhadamente a pensadores europeus que nunca chegaram a se deslocar para a Ásia.

 

Os jesuítas e Gottfried Wilhelm Leibniz: interpretações do pensamento chinês

O relato escrito pelo jesuíta português Gabriel de Magalhães [1610-1677] circulou na Europa inicialmente em sua tradução para o francês e foi, então, muito lido, sob o título de Nouvelle Relation de la Chine contenant la description des particularitez les plus considerables de ce grand empire. O idioma chinês também despertou seu interesse e, embora Kircher e seus seguidores tivessem sempre insistido na precedência cronológica dos hieróglifos, Magalhães afirmava que os caracteres chineses antecediam a escrita egípcia:

 

“Ainda que os egípcios se gabem de terem sido os primeiros a possuir letras e hieróglifos, é certo, porém, que os chineses os tiveram antes deles. Todas as outras nações tiveram uma escrita comum, que consiste em um alfabeto de mais ou menos vinte e quatro letras que têm aproximadamente o mesmo som, ainda que sua imagem seja diferente; mas os chineses têm cinquenta e quatro mil quatrocentas e nove letras, que exprimem o que elas significam com tanta graça, vivacidade e força, que nem parecem caracteres, mas vozes e línguas que falam ou, melhor dizendo, figuras e imagens que exprimem e representam vivamente o que elas significam, tão admirável que é o artifício dessas letras.”  [MAGAILLANS, 1668, p. 84. Tradução nossa]

 

Na verdade, não eram os egípcios os mais interessados na questão ou os que “se gabavam” da antiguidade de sua escrita, mas os europeus que procuravam enquadrar a história de toda a humanidade em uma datação que se conformasse ao texto sagrado cristão. Em tal contexto, os chamados “jesuítas de Luís XIV” que, além de religiosos eram cientistas e viajavam com o apoio da Academia de Ciências de Paris, também demonstraram interesse em entender melhor a cronologia daquele império que desafiava uma leitura literal do Antigo Testamento. Entre eles, o padre Joachim Bouvet [1656-1730] foi especialmente ativo em suas reflexões e no debate acerca de muitos aspectos da civilização chinesa, incluindo características específicas de sua espiritualidade.

 

O monarca francês tinha enviado um grupo de jesuítas-cientistas para a China, à revelia do Padroado português, com o objetivo de que os padres se dedicassem a fazer diversos levantamentos sobre questões astronômicas e geográficas, importantes para que a França pudesse elaborar mapas acurados sobre a Ásia. Os componentes daquela que ficou conhecida como  “Missão de Luís XIV” deixaram a França no ano de 1685, passando inicialmente pelo reino do Sião e, depois, chegando ao império chinês [GALLICA, s/d]. O objetivo, bem além da catequese, era o de realizar atividades muito ao gosto da época, de crescente curiosidade científica e de desenvolvimento do comércio, com a pujante movimentação de mercadorias na chamada Rota Marítima da Seda.

 

Não foi, porém, sem percalços a presença dos jesuítas franceses no Império do Meio. Os padres já estavam há um certo tempo, exercendo atividades de cientistas junto à corte chinesa, quando o rei de Portugal, D. João V, colocou entre os assuntos que deveriam ser discutidos por uma embaixada liderada por Alexandre Metelo a Beijing, uma clara  demanda de proibição da admissão de novos jesuítas, a não ser daqueles estritamente vinculados ao Padroado português. [SALDANHA, 2005, p. 26; p. 101-102]. No entanto, naquela oportunidade, os franceses que atuavam sem o controle de Portugal já haviam conquistado prestígio e apoio de uma considerável parte do mandarinato e do próprio imperador, desde a chegada da referida “Missão de Luís XIV”.

 

O relacionamento dos inacianos franceses com Kangxi [1654-1722; reinado entre 1661-1722] ocorreu em condições excepcionalmente favoráveis, principalmente dado o interesse do imperador pelas ciências, em especial pela matemática, astronomia e cartografia, assuntos de domínio dos jesuítas em geral e dos franceses em particular. Joachim Bouvet, por sua vez, manifestou grande entusiasmo pelo I Ching e o analisou tentando demonstrar que, no passado, os chineses teriam seguido uma religiosidade monoteísta. Para ele, o criador do I Ching, que era, então, atribuído na China ao personagem mítico Fuxi, teria sido contemporâneo de Noé. Bouvet procurava fazer referência a personagens míticos ocidentais e asiáticos, na época considerados históricos, em um relato unificado que associava os chineses com figuras do Antigo Testamento. Tal corrente de interpretação da Bíblia ficou conhecida como “figurismo” [LACKNER, 1991, p. 129-149].

 

O “figurismo” era um método aplicado na exegese bíblica, de modo que fosse possível encontrar as “figuras” do monoteísmo em textos mais antigos. Tais explicações, no ambiente europeu do século XVII e início do XVIII, eram tidas como científicas e as notícias de que diversos jesuítas, e mais destacadamente o padre Joachim Bouvet estavam estudando o assunto, chegaram a Leibniz, que tinha grande interesse pela China, não apenas pela questão da aritmética, mas também dentro de suas reflexões sobre a diversidade das culturas.

 

Leibniz, embora fosse luterano, passou, então, a manter uma ativa e muito densa correspondência com diversos inacianos, entre eles os franceses Joachim Bouvet e Charles Le Gobien, ambos empenhados em levar adiante uma discussão sobre a antiguidade da civilização chinesa [PERKINS, 2008 e LEIBNIZ, 1987]. O matemático e pensador alemão defendia a importância do aprendizado que poderia surgir do contato entre culturas distintas. Em 1697 ele publicou pela primeira vez a Novissima Sinica, reeditada em 1699, uma obra com vasta documentação dos jesuítas [LEIBNIZ, 1699] e com um texto introdutório de sua autoria, no qual deixava claro que considerava importante e enriquecedor, para ambas as partes, o relacionamento entre europeus e chineses [LACH, Donald, 1957].

 

Leibniz interessou-se também sobre uma questão que começava a ser discutida na Europa e que viria a se constituir em um problema grave para a Companhia de Jesus, principalmente junto ao Vaticano: a chamada querela dos ritos chineses, ritos que os jesuítas aceitavam como parte da necessária acomodação para facilitar as conversões. O padre Le Gobien, procurador das Missões da China, escreveu uma carta para Leibniz relatando que os missionários que estavam naquele império tinham enviado para Kangxi um documento no qual explicavam seu entendimento sobre os ritos, pedindo que o imperador desse a sua opinião acerca daquela interpretação. O objetivo seria o de divulgar na Europa um texto contendo uma explicação clara sobre o assunto, com a chancela de Kangxi, para evitar críticas ao método de acomodação dos inacianos à cultura chinesa. Le Gobien, então, na mesma carta, informou a Leibniz que:

 

“O imperador, tendo feito examinar tal escrito e o examinando ele mesmo, respondeu que não havia nada nele que não fosse muito conforme à grande doutrina (...) e que tudo que ele continha era muito verdadeiro e que não havia necessidade de nenhuma correção. Essa decisão que está registrada nos arquivos do palácio e que tem força de lei, é datada de 30 de novembro de 1700.” [LE GOBIEN in LEIBNIZ, 1734, p. 69-70. Tradução nossa]

 

A carta de Le Gobien demonstra preocupação com o aval do imperador para a maneira como os padres interpretavam os ritos, considerados de caráter civil e não religioso, o que estava, então, sendo alvo  de contestação na Europa e também na China, em geral por missionários de outras ordens. Mesmo  que Leibniz fosse protestante, portanto, em princípio, não participasse da discussão sobre os métodos de catequese de uma ordem católica, os padres o consideravam um interlocutor qualificado para, entre os europeus, difundir seus posicionamentos e defender o comportamento de acomodação às práticas chinesas.

 

Sem dúvida, o entendimento dos inacianos, tanto dos ritos quanto dos escritos de Confúcio, estava influenciado pela vontade de levar adiante a atividade missionária. Aliás, cabe destacar que a tradução dos textos mais importantes do confucionismo para língua portuguesa, realizada bem posteriormente pelo padre  Joaquim Guerra, entre 1973 e 1981, também pode ser vista de forma semelhante, ancorada na religiosidade católica. Conforme escreveu o sinólogo e professor André Bueno:

 

“A questão que se insere aqui é a seguinte: qual a dimensão dada à figura de Confúcio e aos clássicos chineses, dentro de uma perspectiva religiosa católica defendida pelo Padre Guerra, que se apropriou da figura do sábio chinês e tentou transformá-la numa espécie de profeta do cristianismo, inspirado por Deus, dentro de uma lógica própria de sincretismo e conversão proposta, secularmente, pelas teorias missionárias jesuíticas? (BUENO, 2021, p.1)

 

Na mesma linha de tentar uma aproximação entre o pensamento europeu e chinês, o padre Joachim Bouvet, que também se correspondeu com Leibniz, empenhou-se em demonstrar a importância da análise do I Ching, cuja estrutura, segundo o jesuíta, se assemelharia à aritmética binária do pensador alemão. Interessando-se pelo assunto, o próprio Leibniz também passou a discorrer sobre a presença do 0 e do 1 nos traços do I Ching e escreveu um artigo para a Academia Real de Ciências francesa detalhando o seu raciocínio. Nele, fez referência ao padre Bouvet, que teria lhe chamado a atenção para a combinação das linhas do Livro das Mutações e também para o fato de que o lendário imperador Fohy (também conhecido como Fuxi) poderia ser considerado o primeiro, em tempos muito antigos, a pensar em uma aritmética binária [LEIBNIZ, 1703]. 

 

Pesquisadores de épocas posteriores discordaram das interpretações de Leibniz e de Bouvet para o I Ching, pela associação a cálculos de análise combinatória. No entanto, o que ambos queriam mostrar, no século XVII, era que os chineses, em tempos muito antigos, haviam atingido um alto grau de civilização, ainda que muitas das informações importantes pudessem estar perdidas. Os chineses, por sua vez, atribuíam ao personagem lendário Fuxi a invenção dos caracteres e tantas outras descobertas e criações que seriam a base da milenar cultura do Império do Meio. Todo esse caldo de relatos, de fantasias, de mitos também chineses era apropriado, assim, pelos europeus, para construir imagens de uma China fascinante, mas que deixava de ser a extrema alteridade, em função de interpretações que a aproximavam de uma história comum de toda a humanidade.

 

Diferente dos objetivos dos jesuítas, que pretendiam demonstrar que a China já havia, na Antiguidade, conhecido algo semelhante a uma religiosidade monoteísta e, talvez, segundo eles acreditavam, fosse a detentora do idioma primordial, Leibniz interessava-se com mais empenho em demonstrar a importância do relacionamento entre culturas distintas. Seu escopo era mais amplo, ainda que não excluísse as considerações de ordem religiosa. Mesmo sendo protestante, em mais de uma oportunidade manifestou-se explicitamente favorável às atividades dos missionários católicos na China, tanto porque ele mesmo defendia uma catequese sobretudo cristã, quanto, e talvez principalmente, pelo fato de que ela favoreceria o intercâmbio entre as culturas europeia e chinesa. Leibniz justamente considerava tal possibilidade porque os jesuítas, além de missionários, eram cientistas junto à Corte imperial. E, ao intercâmbio entre culturas distintas, ele dava o nome de “comércio de luz” [TAI, 1990, p. 55], destacando a importância das trocas culturais, que defendia como benéficas para ambos os lados.

 

Era complexo, portanto, o debate que transcorria nos primórdios da Idade Moderna acerca de todo o contexto das possíveis relações da Europa com o Império do Meio. Na época, dificilmente se distinguiria, de maneira muito clara, religião de ciência. Não há dúvida de que havia o interesse maior na catequese e que a leitura da história chinesa dava-se dentro do arcabouço mental cristão, mas também, mesmo da parte dos jesuítas, observava-se o desejo de reconhecimento de suas atividades como cientistas, principalmente em se tratando do grupo que foi enviado à China por Luís XIV, com o apoio da Academia de Ciências de Paris. E, no nosso entender, foi justamente esse viés da possibilidade de reflexões de caráter científico, é claro que tendo-se em vista o conceito de Ciência no início da modernidade, que aproximou os jesuítas de Wilhelm Gottfried Leibniz.

 

Considerações finais

Uma análise das discussões que circulavam na Europa no século XVII e início do XVIII nos mostra que as atividades dos jesuítas, especialmente na China, não se restringiam à catequese. Muitos deles, com acurada formação científica, eram herdeiros intelectuais de astrônomos e matemáticos como Cristopher Clavius [1538-1612] que havia sido professor do Colégio Romano e reformador do calendário que ficou conhecido como Gregoriano [KNOBLOCH, 1988]. Interessavam-se, portanto, em entender os meandros de uma História que descobriram ser muito mais antiga do que poderiam imaginar, com alguns personagens míticos, outros reais, mas transmissores de conhecimentos milenares, tanto na escrita quanto na matemática e na filosofia. Descobertas reais, especulações, construções imaginárias, eram múltiplos os tema para a vasta correspondência que os padres mantinham com pensadores europeus.

 

Tais considerações, muito amplas para uma discussão mais aprofundada no presente texto, podem conduzir a pesquisas mais acuradas, detalhando a atuação dos jesuítas da denominada Missão Francesa em debates sobre questões de interesse nas discussões filosóficas e científicas da época. Leibniz e também diversos inacianos constituíram-se numa ponte para os novos olhares sobre a China, que surgiriam a partir de meados do século XVIII, menos preocupados, então, com a busca do idioma primordial ou com as narrativas bíblicas e mais interessados em explicar a presença da Razão no pensamento chinês, ainda que não desvinculados das preocupações da própria Europa. Na medida em que diversos questionamentos eram levantados, abria-se caminho para que pensadores como Voltaire e outros incluíssem a presença do Império chinês em suas reflexões.

 

Referências

Carmen Lícia Palazzo é doutora em História pela Universidade de Brasília, UnB, professora aposentada do centro Universitário de Brasília, CEUB, membro do Instituto Histórico e Geográfico do DF, IHG-DF e pesquisadora com foco no tema de olhares europeus sobre a Ásia, principalmente China e Oriente Médio, intercâmbio de culturas e análise de relatos de viajantes. E-mail: carmenlicia@gmail.com

 

BUENO, André. A conversão cristã de Confúcio: avaliação crítica da tradução dos clássicos chineses feitas pelo padre Joaquim Guerra (1973-1981). SinoBios, 1: Projeto Orientalismo, 2021, p. 1-4.

 

ECO, Umberto. A busca da língua perfeita na cultura europeia. São Paulo: Editora Unesp, 2018.

 

GALLICA. Première Mission Française en Chine, XVIIe. siècle.  Disponível em: https://gallica.bnf.fr/html/und/asie/premiere-mission-francaise-en-chine-xviie-siecle?mode=desktop

 

GLASSIE, John. A man of Misconceptions: the life of an eccentric in an age of change. N. York: Riverhead Books, 2012.

 

KIRCHER, Athanasius. La Chine d’Athanase Kirchere de la Compagnie de Jesus: illustrée de plusieurs monuments tant sacrés que profanes (…). Amsterdam/ Waesberge: Jean Jansson & les héritiers d’Elizée Weyerstrasse, 1670. Tradução da edição latina de 1667. Disponível em: https://repository.ou.edu/uuid/b0e587f3-e579-5d1c-862f-cb76ac218aa8#page/1/mode/2up

 

————. Lingua aegyptiaca restituta, opus tripartitum. Roma, 1643. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k1097707/f2.item

 

KNOBLOCHEberhard. “Sur la vie et l'œuvre de Christophore Clavius (1538-1612)”. Revue d'histoire des sciences, vol. 41, julho a dezembro,1988, p. 331-56. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/rhs_0151-4105_1988_num_41_3_4100

 

LACH, Donald (comentários e tradução) e LEIBNIZ, Wilhelm Gottfried. Preface Novissima Sinica. Honolulu: University of Hawaii Press, 1957.

 

LACKNER, Michael. “Jesuit Figurism” in LEE, Thomas H. C. (ed.) China and Europe: Images and Influences in Sixteenth to Eighteenth Centuries. Hong Kong: The Chinese University Press, 1991, p. 129-149.

 

LE GOBIEN, Charles. “Lettre du P. Le Gobien à M. Leibniz” in LEIBNIZ, Gottfried Wilhelm. Recueil de diverses pièces sur la philosophie, les mathématiques, l'histoire, &c. par M. de Leibniz. Hamburgo: Abram Vandenhoeck, 1734, p. 68-70. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k110509c/f1.item.r=Joachim%20Bouvet

 

LEIBNIZ, Gottfried Wilhelm. Novissima sinica historiam nostri temporis illustratura in quibus de christianismo publica nunc primum autoritate (...). 2a. edição, 1699. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k1159391.r=Novissima%20sinica%20historiam%20nostri?rk=21459;2

 

————. Explication de l’arithmétique binaire, qui se sert des seuls caractères O et I avec des remarques sur son utilité et sur ce qu’elle donne le sens des anciennes figures chinoises de Fohy. Mémoires de mathématique et de physique de l’Académie royale des sciences, 1703.  Disponível em: https://hal.science/ads-00104781

 

————. Recueil de diverses pièces sur la philosophie, les mathématiques, l'histoire, &c. , par M. de Leibniz. Hamburgo: Abram Vandenhoeck, 1734. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k110509c/f1.item.r=Joachim%20Bouvet

 

————. Discours sur la théologie naturelle des Chinois, plus quelques écrits sur la question religieuse de la Chine. Tradução, apresentação e notas de Christiane Frémont. Paris: L’Herne, 1987.

 

MAGAILLANS, Gabriel de. Nouvelle Relation de la Chine contenant la description des particularitez les plus considerable de ce grand empire. Paris: Claude Barbin, 1668.

 

PERKINS, Franklin. Leibniz and China: a commerce of light. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.   

 

SALDANHA, António Vasconcelos de. Embaixada de D. João V de Portugal ao Imperador Yongzheng, da China (1725-1728). Tradução e notas chinesas de Jin Guo Ping. Lisboa: Fundação Oriente, 2005. [Agradeço ao historiador dr. Jorge Leão que me enviou essa obra]

 

TAI, Li-Chuan. “Commerce de lumière: Deux missionnaires naturalistes français et leurs œuvres muséales en Chine” in Revue de la BNF, vol. 3, n. 36, 2010, p. 56 a 64. Disponível em: https://www.cairn.info/revue-de-la-bibliotheque-nationale-de-france-2010-3-page-56.htm#no1

 

WEBB, John. Historical Essay Endeavoring a probability that the language of the Empire of China is the Primitive Language. Londres: Nath Brook, 1669. Edição fac-similar, Charleston: Legare Street Press, s/d.

17 comentários:

  1. Belo texto, professora Carmen Palazzo.
    Você poderia comentar se, em suas leituras, você soube de alguma fonte (pessoa) chinesa do séc. XVII que tinha ciência de Leibniz e das suas interpretações sobre o pensamento chinês?
    Em caso negativo, indica alguma obra para eu conhecer mais sobre a recepção chinesa desses missionários que tratavam de questões civis e "científicas" (no sentido da época)?

    Matheus Oliva da Costa

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    1. Matheus, muito obrigada por suas palavras. Sobre as fontes chinesas, nunca encontrei, em minhas pesquisas, referência nelas sobre Leibniz. Provavelmente, nos primeiros séculos da Idade Moderna, a barreira do idioma teria dificultado o conhecimento de pensadores europeus da parte dos letrados chineses, ou seja, do mandarinato. E as traduções feitas pelos jesuítas de textos europeus para o chinês tratavam, em geral, de Ciências Exatas, e mais precisamente de Matemática (euclidiana) e de alguns temas de astronomia e relativos ao Calendário. Ou seja, de temas de interesse prático. Houve o caso de jesuítas que ajudaram os chineses na construção de canhões!
      Sobre a recepção chinesa das atividades dos missionários, o historiador R. Po-Chia Hsia é um dos que utiliza mais aprofundadamente as fontes chinesas, já que ele transita com facilidade entre as duas culturas. Um livro interessante dele é "A Jesuit in the Forbidden City: Matteo Ricci". Hsia pesquisa também sobre a Reforma Protestante, mas tem, além desse livro, artigos sobre os jesuítas na China e talvez na bibliografia dele você possa encontrar outras referências.

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    2. Caro Matheus, continuando a lhe responder, espero ter algum tempo ainda nesta semana para encontrar algumas referências que possam lhe interessar.

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    3. Professora Carmen, obrigado pela resposta.
      Já estou em busca da obra indicada. Obrigado!
      Se houver mais indicações, agradeço também.

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    4. Caro Matheus,
      Seguindo com minhas sugestões para você.
      Retirei essa pequena passagem de um artigo sobre os jesuítas na China, na qual é citada a opinião de um chinês que era amigo de Matteo Ricci (e por ele foi convertido). O artigo é mais sobre Ciência, com ótimas estatísticas sobre os jesuítas na China, mas deixo aqui a referência. Se você buscar pelo título do artigo e pelo autor o encontrará de livre acesso na internet: The Jesuits and Chinese Science, por Chicheng Ma.
      “A representative case of the Jesuits’ impact on the Chinese literati’s scientific pursuit is the relationship between Matteo Ricci and the Ming literati Xu Guangqi (1562–1633) (…) The chronical records of Xu Guangqi clearly demonstrate the change in his academic pursuit after coming into contact with the renowned Jesuit scientist Matteo Ricci (…) Through Ricci, Xu was able to appreciate the rationale and methodology behind European science. In the preface he wrote for the Tongwen Suanzhi, a mathematical treatise by Ricci based on Christopher Clavius’ (1585) Epitome Arithmeticae Practicae in 1614, Xu said:
      ‘In addition to the discourse on Catholicism, Father Ricci often taught me the principle of mathematics. His religiosity and reasoning are truthful and stripped of rhetoric. Just as leaves adhered to the branches, his scholarship in astronomy and mathematics are solidly rooted in sound theoretical foundations. The real renaissance scholars like them are those who have been studying Western subjects for many years. Father Ricci and his colleagues’ mathematical talents is many times those of their peers in the Han and Tang dynasties. We should all learn and benefit from their teaching.’
      Having recognized the lack of logical reasoning and mathematical backwardness in Chinese science, Xu applied European sciences in the study of Chinese mathematics (…)”

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    5. Que maravilha! Muito obrigado, professora Carmen. Salvarei as referências com carinho.

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    6. Caro Matheus, lembrei agora de um livro que comprei há anos em um sebo, nos EUA, sobre o imperador Kang' hsi, escrito pelo Jonathan Spence. Há neles várias passagens que Spence retirou de escritos do próprio imperador e que se referem aos missionários. O livro é Emperor of China: Self-Portrait of Kang'hsi. Vintage Books. A edição que eu tenho é de 1975. Vi que há uma versão no Kindle, mas dê uma pesquisada pois há várias ofertas além da Amazon.

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  2. Cara Prof. Carmem, sempre um prazer ler seus textos! Em se tratando de linguagem, como você entende a participação de Leibiniz na questão da clave sínica? =) saudações! André Bueno

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    1. Caro Prof. André, muito obrigada por sua gentileza. Antes de mais nada, considero interessante, sobre esse assunto, a leitura dos "Nouveaux Essays" de Leibniz, pela discussão com as opiniões de Locke. Dá uma boa ideia do pensamento do polímata alemão e de suas divergências com outros pensadores. E, mais precisamente, uma fonte importante para estudar as reflexões de Leibniz sobre a clave sínica e sobre suas indagações, é o conjunto de questões que ele enviou a Andreas Müller, uma personalidade difícil e que nunca respondeu ao questionamento de Leibniz!
      Na minha opinião (ressalto que é a opinião de não especialista em temas de linguística, mas com algumas leituras sobre o assunto) a importância da participação de Leibniz na busca da clave sínica e o que o diferenciava de outros que faziam a mesma procura era o fato de que ele desejava encontrar uma língua que pudesse ser entendida como uma fórmula matemática. Ele não trabalhava com ideias "herméticas", como Kircher, mas desejava encontrar uma clave com funções práticas. E as indagações aos seus correspondentes (ele foi um grande escritor de cartas) são muito concretas: ao padre Joachim Bouvet, por exemplo, fez perguntas específicas aos radicais na escrita chinesa.
      A matemática e o desejo de aproximar todas as "descobertas" dos jesuítas que se encontravam na China de seus trabalhos sobre matemática estavam no cerne do interesse de Leibniz por aquela cultura.
      Espero ter respondido um pouco de sua indagação, um abraço.

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    2. Quem dera pudéssemos anexar esses debates ao texto no livro! =D

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    3. Verdade!!! E estou muito feliz com as perguntas, que me fazem pensar!

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  3. Parabéns pelo belo texto professora Carmen Licia Palazzo, para mim muito inovador. Há um detalhe pequeno, mas para mim de grande importância, na América espanhola, muito por conta da compreensão do jesuíta José Acosta, o povoamento desse continente teria sido realizado por um dos filhos de Noé, Jafé, o que sustentaria a ideia de uma "infância" da humanidade. Algo, substancialmente, diferente da sua interpretação "o criador do I Ching, que era, então, atribuído na China ao personagem mítico Fuxi, teria sido contemporâneo de Noé". Nessa, 'contemporaneidade', havia entre os jesuítas uma hierarquização cultural da Ásia em relação a América? Ou, essa compreensão, de uma contemporaneidade de Noé e Fuxi apenas adequava a China a cosmovisão jesuíta?
    Álvaro Ribeiro Regiani

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    1. Muito obrigada por sua gentileza. Interessantíssimo, para mim, seu comentário sobre o padre Acosta. Lembro de ter lido, há mais tempo, sobre o que escreveu outro religioso, Miguel Cabello Balboa, da ordem dos augustinianos, em um texto chamado "Miscelanea Antartica", do final do século XVI. Ali ele colocava que os indígenas seriam descendentes de Noé através de seu filho Sem e chegando a Ofir. E ele dizia também que cada continente teria sido povoado por um dos filhos de Noé, o que aliás, já teria sido colocado também pelo historiador F. Josephus, na Antiguidade. Josephus escreveu justamente sobre Sem ter povoado a Ásia. Esses e outros escritos me fazem pensar que os jesuítas, com sua sólida cultura, talvez tivessem lido bastante sobre tais questões (ou conjecturas) que, pelo que eu saiba, não eram muito discutidas durante o período medieval, mas foram retomadas no Renascimento. Sobre a hierarquização cultural da China em relação à América, me parece que ela existiu, sim, pois nos contatos com o mandarinato, os jesuítas ficaram muito surpresos com o nível da cultura chinesa. Matteo Ricci diz claramente que:
      "O maior filósofo entre eles é Confúcio que nasceu quinhentos e cinquenta e um anos antes da vinda do Senhor ao mundo e viveu mais de setenta anos de uma boa vida ensinando esta nação com palavras, obras e escritos; de todos é tido e venerado como o mais santo homem que teve o mundo. E, na verdade, naquilo que disse e na sua boa maneira de viver, de acordo com a natureza não é inferior aos nossos antigos filósofos, excedendo a muitos deles. (RICCI, M. Della entrata della Compagnia di Giesù e Christianità nella Cina. Macerata: Quodlibet, 2010 Editado por Piero Corradini a partir do manuscrito do Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em: Jap.-Sin., 106a., p. 28-29).
      E foram sobretudo os rigorosos Exames para seleção do mandarinato que surpreenderam de maneira muito forte os jesuítas na China.

      Outro jesuíta, Gabriel de Magalhães, certamente exagerando em sua informação, destaca: "Que reino existe, por mais universidades que possua, que tenha mais de dez mil licenciados como a China, dos quais seis a sete mil se reúnem todos os anos, em Pequim, onde depois de rigorosos exames, se admitem 365 ao grau de doutor?" (MAGALHÃES, G. Nova Relação da China. Macau: Fundação Macau, 1997, p. 129-130). Fico com a clara impressão de que ocorreu, sim, uma "hierarquização cultural", como você escreve, da China em relação à América. Não fiz esse trabalho comparativo, então é apenas minha opinião, a ser conferida em outras fontes... Li há mais tempo um artigo sobre a obra de Balboa, espero encontrá-lo para enviar o link para você. ;)

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    2. Caro Álvaro, demorei mas encontrei o link de um artigo que trata da obra de Balboa e da questão dos filhos de Noé. https://www.scielo.br/j/his/a/ZHPJNtPNvbp7GdPj78WSK6p#
      Espero que você consiga acessá-lo, eu o abri há pouco e deu certo.

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  4. Cara professora, muito interessante seu artigo. Eu gostaria de tirar uma dúvida a cerca dos jesuítas. Na época eles eram enviados a pises que estavam no processo de colonização, a fim de catequizar os povos. Qual era a formação dos jesuítas? Eles eram pessoas preparadas para a função ou eram pessoas que tinham um pouco mais de conhecimento?

    Inês Valéria Antoczecen

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  5. Cara Valéria, muito obrigada!
    Começo a lhe responder lembrando que, diferente das Américas (e nelas incluídos, claro, os EUA, mas sobretudo o Canadá, de grande atividade missionária jesuítica), a China não era alvo de colonização europeia. O sucessor de D. Manuel, em Portugal tinha entendido que o Império do Meio nunca poderia ser conquistado, dada sua força e estrutura organizacional.
    Os portugueses se contentaram com o enclave de Macau que, de certa forma, também servia aos chineses, na medida em que os portugueses os auxiliavam a combater a pirataria japonesa no sul da China. A questão do relacionamento com Portugal, no entanto, é complexa e tem mais a ver com os interesses comerciais. Aos comerciantes portugueses pouco interessaria a conquista territorial, que eles mesmos reconheciam como inviável na China e tentativas naquele sentido apenas atrapalhariam seus negócios. Sobre o enclave de Macau há uma boa bibliografia específica.
    Quanto à formação dos jesuítas, ela era bastante sólida. A ordem sempre foi conhecida pela valorização da Educação. Um dos pioneiros na China, Matteo Ricci, tinha sido aluno de um dos mais conceituados matemáticos da época, Clavius, então professor do Colégio Romano onde Ricci tinha estudado (atualmente a universidade Gregoriana de Roma).

    Os padres tinham excelente formação tanto em Matemática quanto em Mecânica e em Astronomia e as três áreas interessavam muitos aos chineses, que os convidaram, em mais de uma oportunidade, para trabalhar em altos cargos no Observatório Astronômico de Beijing.
    Uma das partes mais importantes do chamado Antigo Palácio de Verão foi também projetada e sua construção supervisionada por dois jesuítas, com destaque para o italiano Giuseppe Castiglione, que tinha sólida formação em artes adquirida no norte da Itália.
    Cabe também lembrar que foram dois jesuíta da corte de Kang'xi, os padres Gerbillon e Tomás Pererira, os importantes tradutores para o latim (idioma que os russos reconheciam como podendo ser utilizado oficialmente) trabalho que muito auxiliou o imperador chinês.

    Por outro lado, os jesuítas que fizeram parte da chamada Missão Francesa de Luís XIV foram para a China independentemente do Padroado português, o que gerou problemas com o rei de Portugal, é claro, pois ele exigia centralizar a questão das atividades missionárias. Os referidos jesuítas da Missão Francesa chegaram na China recomendados pela Academia de Ciências de Paris e em seguida foram colocados pelo imperador Kang'xi a seu serviço, permanecendo na China mesmo na fase mais difícil dos problemas que eles tiveram com o Vaticano por sua tolerância com os chamados "ritos chineses".
    O imperador se afeiçoou especialmente aos jesuítas franceses que levaram um conhecimento importante de Ciências para os mandarins.

    Claro que essa é uma resposta bastante resumida e espero que tenha lhe dado ao menos uma visão geral da questão da formação dos jesuítas.Tenho dois artigos publicados em livros organizados pelo professor ANDRÉ BUENO, um deles "De Matteo Ricci à Missão Francesa: o encontro entre os jesuítas europeus e o Império do Meio (séculos XVI a XVIII). In BUENO, André et alii. Mais Orientes. Ebook, Editora Sobre Ontens, 2017.
    O outro é "Os relatos dos jesuítas e as tapeçarias de Beauvais: aportes para a construção da sinofilia europeia." In BUENO, André [org.] Mundos em Movimento: Extremo Oriente. Rio de Janeiro: Projeto Orientalismo/UERJ., 2021.
    Acho que em ambos você encontrará uma exposição um pouco mais detalhada sobre as atividades dos inacianos na China e sugestão de bibliografia.

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