A RECONSTRUÇÃO DA CHINA E A AMIZADE SINO-SOVIÉTICA ATRAVÉS DAS PÁGINAS DA REVISTA CHINA RECONSTRUCTS NOS ANOS 1950, por Anna Maria L. Neves

  

Introdução

Esse artigo é uma breve análise da revista bimestral China Reconstructs durante os anos 1950, que aqui é utilizada como uma fonte para compreender os primeiros anos da República Popular da China [RPC], evidenciando também quem estava por trás de suas páginas e como a valorização da amizade Sino-Soviética é retratada a partir de um periódico de alcance internacional. A China Reconstructs foi uma revista que nasceu em um período específico do pós revolução, período esse no qual o país precisava se reinventar para sobreviver. Suas páginas foram uma porta para que as pessoas de outros países conhecessem a China através das imagens e das histórias dos trabalhadores chineses, que eram os principais protagonistas dos artigos escritos por pessoas importantes no Partido.

 

A Revolução Comunista Chinesa de 1949 foi um dos eventos mais importantes do século XX, transformando completamente, a longo prazo, o panorama socioeconômico da China. O país saiu completamente arrasado da Segunda Guerra Mundial, esfacelado politicamente, uma vez que vivia uma guerra civil interna desde 1927 entre as forças comunistas e nacionalistas, e repleto de desafios a nível internacional. A revolução simbolizou definitivamente, para os chineses, o fim do "Século da Humilhação" [百年国耻], iniciado com as Guerras do Ópio em 1840, e a construção de uma 'Nova China' a partir de uma base sobretudo camponesa. Autores como Jean Chesneaux, Jonathan Spence, John K. Fairbank, dentre outros, são importantes referências teóricas para compreendermos de que forma uma revolução desse porte foi possível.

 

Após a revolução, no entanto, poucos países reconheceram o novo governo internacionalmente, uma vez que a República Popular da China sequer conseguiu um assento na ONU até os anos 1970. Isso dificultou qualquer tipo de ajuda econômica dos Estados Unidos, um país que saiu fortalecido da guerra e estava focado principalmente na reconstrução dos países europeus ocidentais e do Japão.

 

Chen Jian [JIAN, 2001] destaca que o suporte contínuo dos Estados Unidos ao Guomindang de Chiang Kaishek [Jiang Jieshi], tanto durante a guerra quanto após a fuga dos nacionalistas para Taiwan, somado ao receio de uma nova invasão imperialista que poderia ameaçar a soberania do povo chinês, contribuiu para o alinhamento dos comunistas chineses com a União Soviética. Esse movimento foi batizado por Mao Zedong de "lean-to-one-side" [一边倒].

 

Dessa forma, qualquer possibilidade de aproximação imediata com os Estados Unidos não avançou, ao menos até os anos 1970. Com a Guerra da Coreia, inclusive, as hostilidades entre os EUA e a RPC progressivamente se acirraram, e o discurso anti-imperialista chinês frequentemente tinha os Estados Unidos como um dos alvos. Após a deterioração das relações com a URSS, em meados dos anos 1960, esse discurso passou a incluir a própria União Soviética como uma potência "revisionista" e "imperialista". No entanto, esse cisma, bem como suas causas e consequências, não serão analisados neste estudo, uma vez que nosso foco é no período anterior.

 

Os chineses contaram, inicialmente, apenas com a ajuda da URSS para se reerguer durante os anos 1950. Rana Mitter destaca que, após o fim da guerra e da ocupação japonesa, havia um saldo de "[...] 14 a 20 milhões de mortos, e 80 a 100 milhões de refugiados" [MITTER, 2013, p. 387, tradução da autora]. Somaram-se a isso todos os problemas e perdas decorrentes de um longo período de guerra civil interna, o que levou a China a depender, durante alguns anos, da ajuda externa dos soviéticos, não apenas do ponto de vista econômico, mas também em perspectiva de auxílio técnico para o desenvolvimento da agricultura e da indústria. Além disso, foi vultoso o auxílio militar, com marcante presença de especialistas e conselheiros não apenas dentro do partido, mas também nos órgãos de defesa durante os anos 1950 [SHEN, 2020].

 

Nesse período de reconstrução, a imprensa teve um papel fundamental, não apenas na mobilização da população para participar ativamente desse processo, como também na divulgação a nível internacional dos progressos obtidos pelo governo do Partido Comunista Chinês [PCCh] nas mais diversas áreas, como educação, indústria, saúde, agricultura, dentre outros. Sendo assim, algumas das fontes historiográficas que temos acesso no Ocidente sobre esse período são jornais e periódicos, alguns deles publicados em inglês.

 

Tania Regina de Luca ressalta que o trabalho com periódicos exige do historiador o cuidado com a leitura da intencionalidade por trás de um coletivo de indivíduos, uma vez que “[...] jornais e revistas não são, no mais das vezes, obras solitárias, mas empreendimentos que reúnem um conjunto de indivíduos, o que os torna projetos coletivos, por agregarem pessoas em torno de ideias, crenças e valores que se pretende difundir a partir da palavra escrita”. [LUCA, 2008, p.140]. Dessa forma, nossa análise se fundamenta na compreensão dessas intencionalidades e desses discursos materializados por meio de imagens e artigos da China Reconstructs.

 

A construção da “nova china” e a presença soviética nas páginas da China Reconstructs.

Dentre as revistas de apelo internacional chinesas, se destacam a Beijing Review [1958-] e a China Reconstructs [1952-], que desde os anos 1990 passou a se chamar China Today. Em ambos os casos, tratam-se de revistas periódicas traduzidas em mais de uma língua, sobretudo com o intuito de alcançar o público de vários países. A China Reconstructs foi fundada por Soong Ching Ling, personagem importante tanto na história anterior à revolução quanto depois dela.

 

Soong Ching Ling foi casada com Sun Yatsen, motivo pelo qual ficou conhecida como “Mme. Sun Yatsen”, e defendeu, dentro até mesmo do Guomindang, as ideias do falecido esposo e a causa revolucionária como solução para os problemas que assolavam a China. Ching Ling era uma mulher culta e, apesar de ser cunhada de Chiang Kaishek, não apenas apoiou a revolução, como se tornou uma das fiéis divulgadoras dos progressos obtidos desde a chegada dos comunistas ao poder. Isso lhe custou o afastamento dos seus dois irmãos [T.V. Soong e Song Meiling, também conhecida como “Mme. Chiang Kaishek”]. Segundo Christine Dabat:

“A independência de espírito de Song Qingling, sua coragem na defesa dos princípios defendidos junto com seu finado marido a levaram a enfrentar as forças reacionárias que reivindicavam a mesma herança política de Sun Yatsen. Chiang Kaishek [seu cunhado] empregou, em vão, contra ela todos os meios: sedução, intimidação, calúnia, isolamento [fazendo desaparecer colaboradores e amigos].” [DABAT, 2017, p. 40]

 

Soong começou a publicar a China Reconstructs em 1952, por meio da China Welfare Institute (CWI), uma Organização não-governamental filantrópica fundada por ela mesma em 1938 com o nome de China Defense League [CDL]. O objetivo inicial da ONG era ajudar os refugiados e as pessoas em geral que sofriam com a guerra civil e a invasão japonesa. Ela também foi uma voz ativa na defesa dos direitos humanos e na condenação pública e divulgação dos horrores cometidos pelos nacionalistas e pelos japoneses. Após a fundação da República Popular da China, a CWI se dedicou a arrecadar fundos voltados, sobretudo, para a proteção das mulheres e crianças, mas também para a divulgação, a nível internacional, da China pelos olhos dos chineses.

 

Com a ajuda de Israel Epstein, um amigo próximo e jornalista que documentou sua vida posteriormente em uma biografia póstuma, e com seu amplo conhecimento acerca de outras línguas, países e culturas, Soong Ching Ling reunia bimestralmente artigos de várias pessoas importantes dentro do Partido. Muito do seu ponto de vista pode ser percebido na forma como ela organizou os artigos, que abordavam temas que variam desde a queda nos índices de mortalidade infantil até os avanços na indústria e na coletivização da agricultura.

 

Em termos de imagens, predominam fotografias do povo chinês como protagonistas dessa reestruturação, com variadas fotos de trabalhadores rurais e urbanos em cada artigo. Essas fotos, apesar de serem em preto e branco, dão vida à ideia de que os homens e as mulheres da China trabalhavam coletivamente pela reconstrução gradual do país, como exemplificado abaixo

 


Imagem de uma cooperativa agrícola na província de Zhejiang, mostrando camponesas em trabalho coletivo

Fonte: [CHINA RECONSTRUCTS, 1954, p.09]

 

Trabalhadores da Indústria Têxtil. A legenda original ressalta que os têxteis agora eram mais bem pagos que em qualquer época.

Fonte: [CHINA RECONSTRUCTS, 1952, p.22]

 

Apesar do foco dedicado sobretudo ao que os chineses conseguiram realizar com seus próprios esforços e competência, é possível perceber que os artigos eventualmente mencionam o peso da ajuda soviética. Nesse ponto, para além do fato histórico de que há um consenso acerca da importância da cooperação mútua entre os dois países durante os primeiros anos da RPC, é importante destacar a relação pessoal que Soong Ching Ling tinha com os soviéticos. Relação essa que, aliás, data de anos anteriores à concretização da revolução, quando ela fugiu secretamente para a URSS em 1927, por ocasião do início da guerra civil entre comunistas e nacionalistas decorrente do Massacre de Xangai [1927].

 

Soong Ching Ling foi uma grande entusiasta das relações da China com a URSS, sendo considerada por Epstein como “[...] a cabeça no corpo da amizade Sino-soviética em toda China” e uma voz constante na defesa dessa parceria [EPSTEIN, 1995, p. 483, tradução da autora]. No discurso de inauguração da “Associação da Amizade Sino-Soviética”, em 1949, ela definiu a parceria como a realização de um sonho de mais de 24 anos [sonho este que teria sido iniciado com Sun Yatsen], desejando a construção de um novo mundo baseado na cooperação entre os povos dos dois países em benefício mútuo das nações mais fracas, tecendo críticas à OTAN e ao Plano Marshall. [SOONG, 1953, p. 195-196]

 

É importante ressaltarmos que o contexto da maior parte dos artigos escritos na China Reconstructs dos anos 1950 são da época do Primeiro Plano Quinquenal [1953-1957], onde a China escolheu o modelo soviético como via para o desenvolvimento, baseado sobretudo no controle estatal com foco no desenvolvimento industrial, sendo este último o motor que alçaria à China ao status de grande potência. A técnica de desenvolvimento rápido da URSS tinha como chave 5 elementos: “uma ênfase na necessidade de rápido crescimento durante todo o período do plano, um foco na indústria pesada como índice de crescimento significativo, insistência em altas taxas de poupança e investimento para tornar esse crescimento possível, transformações institucionais na agricultura e uma tendência para métodos intensivos em capital.” [SPENCE, 1990, 544, tradução da autora] Stuart Schram destaca que Mao tinha o grande desafio de adaptar as ideias marxistas-leninistas à realidade chinesa, criando condições para o desenvolvimento industrial a partir de uma economia agrária:

 

“Tendo tomado o poder tanto nas cidades quanto no interior, o Partido Comunista Chinês estava efetivamente em posição de desenvolver uma indústria moderna, e então criar sua suposta classe base de “vanguarda do proletariado”, abrindo a via de convergência com os países mais avançados sob domínio comunista.” [SCRHAM, 1989, p.95, tradução da autora]

 

Nesse ínterim, havia um clima compreensível de expectativas altas com a recuperação econômica e social. Para além da simples recuperação, estava implícito também o desejo de transformar a China em uma potência independente, bem como o foco na indústria de base e na agricultura coletivizada. Na edição China in Transition, que reuniu artigos selecionados de todas as edições até 1957, a ajuda soviética ao primeiro plano quinquenal aparecia em destaque em vários artigos, conforme exemplo abaixo:

“Em 1953, o Primeiro Plano de Industrialização Socialista foi lançado. Com ajuda técnica generosa da União Soviética e de seus co-membros do mundo socialista, a China iniciou a construção de centenas de empreendimentos na esfera da indústria básica, a única base sólida para a independência nacional e progresso contínuo no bem-estar do povo. Na agricultura: dezenas de milhões de pequenos camponeses, livres das extorsões de latifundiários e cobradores de impostos, entraram em equipes de ajuda mútua, o primeiro passo em direção às cooperativas agrícolas.” [CHINA IN TRANSITION, 1957, p.04, tradução da autora]

 

Em outra reportagem, sobre o aumento expressivo da produção de aço na indústria siderúrgica de Anshan, a revista traz a imagem de um especialista soviético auxiliando operários chineses, demonstrando visualmente a importância dessa colaboração:

 

Imagem de um especialistas soviético inspecionando os primeiros lotes de aço produzidos em uma siderúrgica de Anshan.

Fonte: [CHINA RECONSTRUCTS, 1954, p.09]

 

Apesar do destaque dado à ajuda soviética, não podemos perder de vista que o foco das matérias estava muito mais nos milagres que o povo chinês conseguia fazer com tal ajuda, do que na simples ajuda em si. Isso tornava a revista um meio eficiente de divulgação da capacidade de cada trabalhador de construir uma “nova china”, seja no campo ou nos centros industriais. Dentro desse contexto, o modelo soviético pareceu o ideal para alçar um país pobre, que havia acabado de sair do “século da humilhação”, ao patamar de uma nação industrializada, assim como a URSS, que funcionava como um espelho a ser seguido.

 

É importante atentarmos ao fato de que, na visão dos chineses,  o desenvolvimento também era uma forma de se proteger da ameaça dos países ditos “imperialistas”, na medida em que a China teria a oportunidade de se impor não apenas do ponto de vista econômico, mas também militar. No entanto, a questão militar não tinha tanto destaque na China Reconstructs nos seus primeiros anos, na medida em que o discurso dos autores estava muito mais voltado para a resolução de problemas internos do que nas questões externas.

 

Considerações finais

A República Popular da China, de início, se viu imersa em dificuldades sociais e econômicas, com pouca possibilidade de ajuda internacional. Enquanto os EUA voltaram seus olhos para o Japão e a Europa Ocidental, a RPC sequer teve reconhecimento internacional, mesmo tendo participado do esforço de guerra dos aliados. O pós Segunda Guerra Mundial deixou a China arrasada, tendo a URSS como único parceiro nesse processo de reconstrução.

 

Dessa forma, foi necessário um esforço coletivo para reerguer o país. Os veículos de imprensa, como a China Reconstructs, foram muito importantes na mobilização do povo chinês para essa difícil tarefa e na divulgação internacional dos avanços obtidos na RPC desde a chegada dos comunistas ao poder. Sua autora, Soong Ching Ling, não mediu esforços em reunir artigos positivos sobre o período do Primeiro Plano Quinquenal, bem como sobre a importância da ajuda soviética na concretização dele.

 

Apesar da história ter, posteriormente, revelado os erros, e também os acertos, cometidos nos primeiros anos da implantação de um modelo soviético na China, a China Reconstructs é a tradução, em forma de revista, dos sonhos do povo chinês e das expectativas criadas em torno do sucesso da revolução. Sendo assim, o periódico é uma fonte historiográfica importante e acessível para entendermos o ponto de vista do povo chinês nos primeiros anos da revolução, bem como o protagonismo dos trabalhadores nessa conjuntura.

 

Referências

Anna Maria Litwak Neves é Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco e curadora auxiliar da Curadoria de História da Coordenadoria de Estudos da Ásia da UFPE. E-mail: anna.litwak@ufpe.br

 

DABAT, C. Rufino. Mulheres de ferro: revolucionárias feministas na China do século XX. In REVISTA HISTÓRIA & LUTA DE CLASSES, v. 24, 2017, p. 29-44.

 

EPSTEIN, Israel. Woman In World History: Life and Times of Soong Ching Ling [Mme. Sun Yatsen]. Beijing: New World Press, 1995.

 

JIAN, Cheng. Mao 's China and the Cold War. North Carolina: The University of North Carolina Press, 2001.

 

LUCA, Tania Regina de. “História dos, nos e por meio dos periódicos.” in PINSKY, Carla Bassanezi [Org]. Fontes Históricas. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2008. p.111-153.

 

MITTER, Rana. China's War With Japan 1937-1945: the struggle for survival. London: Penguin Books, 2013.

 

SCHRAM, Stuart R. The thought of Mao Tse-Tung. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.

 

SHEN, Zhihua [Org]. A Short History of Sino-Soviet Relations, 1917–1991. Singapore: Palgrave Macmillan, 2020.

 

SOONG, Ching Ling. Struggle for New China. Peking: Foreign Languages Press, 1953.

 

SPENCE, Jonathan D. The Search for Modern China. New York: Norton & Company, 1990.

 

Referências das imagens

CHENG, Han-Seng. New Rise Of Industry. In CHINA RECONSTRUCTS, v. 1, n.1, Jan-Fev, 1952, p. 21-23

 

CHENG, Han-Seng. The Path of China’s Economy. In CHINA RECONSTRUCTS, v. 3, n.1, Jan-Fev, 1954, p. 05-10

 

CHOU, Hung-Shih. Three New Giants of Ansham. In CHINA RECONSTRUCTS, v. 3, n.2, Mar-Apr, 1954, p. 07-09

 

China Reconstructs Writers. China in Transition: Selected Articles 1952-1956. Peking: China Reconstructs, 1957.

3 comentários:

  1. Olá, Anna Maria.
    Parabéns pelo texto. Assunto interessante e você não consegue parar de ler até se deparar com o final.
    Seu artigo foi um dos primeiros que me chamou a atenção no evento, pois estudo URSS há tempos.
    Antes de fazer minha pergunta, gostaria de saber se você sabe onde encontrar essas revistas, como a citada no seu texto, de modo virtual, para outras pesquisas, de preferência que envolvam também os países satélites da União Soviética.
    No artigo você fala que Soong Ching Ling fugiu para a URSS em 1927. Saberia dizer detalhes desse momento, como em qual cidade ela ficou mais tempo, se teve contato com agentes do governo, como foi recebida e quando retornou para seu país de origem?
    Espero, com a minha pergunta, ter contribuído com o debate.
    Obrigada.
    Talita Seniuk

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    1. Anna Maria Litwak Neves7 de agosto de 2023 às 11:30

      Bom dia Talita. Agradeço pelo seu comentário e pelo interesse.
      Tem algumas edições da China Reconstructs digitalizadas no site "Banned Tought", que funciona como um repositório colaborativo de materiais digitalizados, geralmente escritos marxistas, de vários países.
      Sobre Soong Ching Ling, ela fiocu em Moscou até 1928, quando vai para a Alemanha. Foi recepcionada e acolhida por pessoas importantes, como Alexandra Kollontai e Maxim Litvinov, tendo sido tratada como uma convidada importante de Estado, durante sua estadia. No livro que citei de Israel Epstein, ele narra os detalhes da breve estadia dela em Moscou e porque decidiu ir embora (muito foi devido ao fato de ter percebido que Stallin não pretendia apoiar apenas os comunistas em detrimento das relações com Chiang Kaishek naquele momento, embora isso não tenha interferido visão que ela tinha da URSS como um grande parceiro da China). Ela retorna brevemente para a China em 1929, volta para Alemanha e retorna para a China no mesmo ano (1931).

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    2. Obrigada, Anna. Agradeço pela resposta e pela indicação do site, certamente irei acessar para aumentar o conhecimento nessa temática correlacionada ao meus interesses! Valeu! =)

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