A LÍNGUA E A RELIGIÃO COMO FATORES DE COESÃO NA IBÉRIA MUÇULMANA DURANTE A DINASTIA OMÍADA, por Renata Ary

 

A Ibéria muçulmana durante o século X

Muitas transformações ocorreram na Ibéria Muçulmana durante o século X. No início, o Islã [século VII] permaneceu centralizado majoritariamente na Península Arábica, porém, de acordo com Lewis, a expansão lhe era atávica e, em algumas décadas, já havia conquistado o Oriente Médio e a África do Norte. Do mundo Romano, os árabes conquistaram a Síria, a Palestina e o Egito. Derrotaram o exército Bizantino, conquistaram parte da Espanha e das ilhas mediterrâneas e incorporaram regiões como parte da Índia, da Indonésia e China. [Lewis, 1982. p. 4]

 

A expansão islâmica, doutrinariamente, é dividida em três estágios: No primeiro, denominado clássico [séculos VII ao XI], o islã conquistou o Oriente Médio, África do Norte e parte do sul da Europa; No segundo, a expansão ocorreu na Ásia Central e na Índia e no terceiro [séculos XV ao XVIII] deu-se com o advento da expansão otomana. Após essas expansões, já na segunda metade do século XX, o mundo muçulmano caiu sob a influência das potências europeias e neste período seu legado foi apagado de modo que as tentativas recentes de descolonização e o repensar num reequilíbrio do Islã entra em confronto com a modernidade ocidental e o pensamento colonizado que nela impera. 

 

Nas palavras de Menocal, foi no ano de 750, após o massacre dos Omíadas pelos Abássidas em Damasco, que o príncipe Abd al-Rahman, sobrevivente dos Omíadas e de origem Berbere, atravessou o deserto como refugiado político e chegou no ocidente - onde os romanos denominaram de Hispania ou Ibéria, futuramente denominada Espanha ou al-Andaluz, em árabe. Nesse período, “menos de 10% da população do Irã e do Iraque, Síria e Egito, Tunísia e Espanha era muçulmana”. [Hourani, 2021, p. 76]. No ocidente, o príncipe se aliou aos seus parentes berberes liderados por árabes sírios recém chegados [711] e, movidos pelo desejo de uma vida melhor e pelo expansionismo militar, colonizaram a região e nela estabeleceram o Califado. Nesse contexto, a sociedade Ibérica assistiu a queda dos visigodos e a anexação ao mundo mediterrâneo do dar-al-islam [casa do Islã].

 

Khordoba [Corduba em árabe] tornou-se a Capital e centro do império que ali se estabeleceria por séculos - até a reconquista de Granada em 1492 quando da expulsão dos muçulmanos da Hispânia. A reconquista dos Cristãos teve início pelas extremidades e consolidou-se com as cruzadas. O fator crucial para o sucesso da reconquista e início do silenciamento do pensamento árabe-islâmico na região, foi a dissidência religiosa, os conflitos internos e a fragilidade dos muçulmanos. [Menocal, 2004, p. 21-30]

 

Após a conquista e nos primeiros anos de instalação [777], os governantes da Espanha, estabelecidos em Córdoba, enfrentaram alguns problemas, dentre eles destacam-se a resistência dos Cristãos, as revoltas dos berberes [de cunho Kharidjita] contra os árabes e as lutas internas entre os próprios árabes de diferentes origens [retomando o conflito entre os árabes do Norte e do Sul da Arábia]. No entanto, em pouco tempo, as agitações foram resolvidas e o processo de colonização teve início.

 

Abd al-Rahman, com o apoio dos Sírios, foi proclamado Emir [malik – rei] de Córdoba. Ele reinou sem impor a religião muçulmana aos habitantes da Ibéria, sobretudo aos Cristãos que tinham liberdade de crença e culto. Os Cristãos eram chamados de mustarib [daí a palavra: moçárabe] ou muabidun [os que firmaram um pacto]. Os convertidos, eram chamados de musalima ou muwalladun [os adotados]. Os árabes eram divididos em: baladis [emigrantes de primeira leva] e shmis [sírios]. Os judeus, até então perseguidos pelos visigodos, recepcionaram os conquistadores. A diversidade da população era notória, no entanto, a convivência era pacífica, tolerante, fato que facilitou a islamização e a arabização e, após algumas gerações, devido a miscigenação, tornou-se imperceptível a distinção entre os descendentes dos conquistadores e dos muwalladun. [Mantran,1977, p.156]

 

Após a morte de Abd al-Rahman [788] seus sucessores Hisham I [788-796] e al-Hakam I [796-822] consolidaram o poder Omíada sobre al-Andaluz, mas foi no governo de Abd al-Rahman II [822-852] que a paz interna efetivamente se instalou e, de fato, Córdoba assumiu a aparência de Estado independente. A organização do emirado foi implantada de acordo com os costumes abássidas: autoridade total do soberano, centralização da administração, burocracia e hierarquização sob a direção do badjib [vizir ou primeiro-ministro]. A economia era próspera, o país rico, a corte vivia no luxo. O emir cercou-se de eruditos, pessoas letradas, sábios, poetas e filósofos [alguns, inclusive, foram trazidos do Oriente]. O esplendor e o requinte imperavam, inclusive sobre a música, moda, indumentária e cozinha. [Mantran, 1977, p. 161]

 

Foi no governo de Abd al-Rahman III [912-961] que a Espanha viveu o seu apogeu. Conhecido como um soberano notável em todos os aspectos, fez da Ibéria o maior centro intelectual e artístico do Ocidente. A atmosfera refletia uma grandeza política, econômica, intelectual e, como fatimíada, firmou a presença do sunismo no Ocidente Muçulmano, além de consolidar a independência da Espanha. [Mantran, 1977, p. 156]

 

A influência da Espanha muçulmana ultrapassou os limites de seu território para além-mar e a grandeza islâmica em al-Andaluz durou séculos – até o califado Omíada entrar em declínio e desaparecer por completo com a queda do último califa, Hicham III no ano de 1031. Em seu lugar surgiram reinos autônomos [Taifas]. [Menocal, prefácio, p. 12]. Durante o século XI, a dinastia dos Almorávidas [de origem Berbere] assumiu o controle do Norte da África e da Espanha.  Enquanto a expansão muçulmana se alastrava pelo ocidente, no oriente, os Abássidas construíram um Império islâmico do qual Bagdá tornou-se a sua Capital e cujas conquistas se estenderam para o ultramar.

 

Unidade de Fé e de linguagem no mundo muçulmano da Ibéria do século X

Conforme a expansão islâmica foi se concretizando do Oriente para o Ocidente, os muçulmanos passaram a ter o controle dos espaços sociais, culturais e geográficos. Essa heterogeneidade foi de fácil superação devido a islamização dos grupos humanos conquistados, cujo “processo de conversão foi facilitado pela simplicidade do processo de assimilação” [Bissio, 2012, p. 64], além da política de tolerância para com os seguidores das outras religiões [cristãos e judeus, chamados de “povos do livro”]. Os convertidos recebiam de plano o estatuto do mawali e por muito tempo foram tratados como dimmi [protegidos], pois havia um estatuto jurídico que lhes garantia permanecer com a sua identidade. Eles tinham direito à “livre interpretação teológica e filosófica das Escrituras e total liberdade nas práticas litúrgicas. Além disso, podiam manter as regras tradicionais em matéria de laços de parentesco, casamento e herança, direito que lhes era negado pelo Império Bizantino, por exemplo”. [Bissio, 2013, p. 64-65].

 

A Fé partilhada por seus membros sempre foi o principal recurso de união da comunidade muçulmana. A religião islâmica foi a principal responsável pelo processo de unificação do mundo muçulmano, apesar de subdividido politicamente em Califados.  Para o mundo exterior, o Islã formava um todo, uma unidade e independe da vertente sunita ou xiita, era o Islã [como unidade] que lutava contra a cristandade: contra os cristãos das Astúrias ou de Leão, por exemplo. Caso os bizantinos, formassem ofensiva contra os muçulmanos, eles se defenderiam como um todo e pouco importava se esses muçulmanos eram ortodoxos ou não. [Mantran, 1977, p. 160].

 

No entender de Bissio [2012, p. 20], na sociedade muçulmana “o principal vínculo entre as diferentes partes do espaço sempre foi o fato de seus membros partilharem da mesma Fé e, consequentemente, do sentimento de fazerem parte da umma, a nação fundada por Muhammad na cidade de Medina em 622. No início a umma estava centralizada em um território reduzido às estepes e aos desertos. Conforme o Império islâmico foi se alastrando para o Oriente e para o Ocidente, ela passou a ocupar espaços heterogêneos do ponto de vista social, cultural e geográfico”.

 

Com relação ao uso da língua - o segundo e não menos importante fator de coesão do mundo muçulmano - grande parte das minorias cristãs e judaicas, de forma rápida e por questões práticas, adotaram o árabe. Como consequência, os outros idiomas falados pelo povo conquistado, paulatinamente, foram abandonados [embora alguns deles tivessem suas estruturas similares ao árabe, como por exemplo o sudarábico e o copta]. Nesse contexto, adicionado ao fato de que os muçulmanos têm uma visão totalizadora do sentido de vida – que lhe incute uma visão integral do Universo no qual o homem está incluído – o mundo muçulmano sofreu uma coesão interna no vasto território conquistado e dominado pelo Islã, sobretudo na Península Ibérica. [Bissio, 2013, p. 65]

 

O árabe, como meio de unificação cultural, consolidou-se como instrumentos de comunicação por excelência entre o centro, as regiões mais afastadas [mamlaka] e além-mar. De acordo com Bissio:

 

“O árabe transformara-se no meio de expressão já não só daqueles que aceitavam o Islã, mas também de todos os que, por diferentes motivos, necessitavam utilizar-se dessa língua. A preeminência da língua árabe estava enraizada igualmente em questões objetivas, sobretudo na sua riqueza de vocabulário. À beleza fonética soma-se a sua riqueza de sinônimos. Precisão e concisão de expressão também adornam a expressão em árabe, que se distingue pelas possibilidades incomparáveis de sua linguagem figurativa. E há peculiaridades em seu estilo e em sua gramática que não encontram correspondentes em nenhuma outra língua”. [Bissio, 2012, p. 21]

 

Na Península Ibéria, principalmente durante o século X [denominado por alguns como o século das transformações] em que o ambiente era coerente e harmônico, a língua árabe era dominante. O fato do califa Omíada Abd Almalik Marwan [685-705] ter declarado o árabe como língua oficial e administrativa do império [substituindo o grego da Síria, o pálavi no Iraque e nas províncias orientais e o copta no Egito] contribuiu para o processo de assimilação linguística do idioma e consolidou o árabe como língua das comunicações e falado em toda a sua extensão, inclusive nas regiões conquistadas e colonizadas.

 

O Corão, livro sagrado do Islã, também teve papel fundamental para o processo de unificação linguística pois, como ele está escrito em árabe e no entender dos muçulmanos, essa é a língua da revelação exprimindo a palavra de Allah [Deus], era fundamental a compreensão e o entendimento dessa língua. Conforme explica Cahen:

 

“Se trata de una cultura árabe porque es la lengua árabe la que ha servido de vehículo común a los pueblos, hasta entonces separados lingiísticamente, que contribuyeron a edificarla, incluidos los autores que escribieron en contra de las pretensiones árabes. Sin duda el árabe se perfeccionó a lo largo del mismo proceso, pero lo cierto es que pudo hacerlo; en lugar de abandonar su lengua natal, como hicieron la mayoría de los conquistadores germánicos, por la de las poblaciones sometidas, los árabes enseñaron a éstas la suya, e hicieron de ella un instrumento de valor universal. Tanto si el árabe fue la lengua de los conquistadores, como la de la Revelación, esto no es obstáculo para sospechar que no hubiese podido realizar tal proeza si no hubiese disfrutado, respecto a las otras lenguas del Próximo Oriente, de cualidades específicas”. [Cahen, 1898, p. 110 - 112]

 

Os laços religiosos e linguísticos garantiram uma unidade da qual a Cristandade ocidental pareceria antiquada. Essa aliança do idioma, permitiu que eruditos, estudiosos, músicos, artistas e até teólogos, se deslocassem de um extremo ao outro do Islã – desde a península Ibérica, Oriente Médio até a antiga Pérsia. Em todos os ramos do conhecimento, as produções culturais eram em língua árabe, ainda que não necessariamente confiada aos árabes. Sábios como “Avicena (Ibn Sina), Al-Buruni, Alhazen (Al-Haizam, físico), Ibn Yunus (astrônomo), entre outros, integravam o importante conjunto de eruditos muçulmanos cuja obra dominou o mundo durante vários séculos e cujo legado influenciou a escolástica e a ciência ocidental”. [Bissio, 2012, p. 22]

 

Além do árabe, existiam vários dialetos locais que, no entanto, do ponto de vista linguístico, não impediram a comunicação entre os povos, de modo que, um comerciante muçulmano da Espanha por exemplo, não se sentiria estrangeiro em Damasco ou em Bagdá. A língua árabe foi um instrumento de comunicação comum entre os habitantes da Ibéria. De acordo com Mantran: “Se a língua árabe não tivesse sido um instrumento comum de comunicação entre as diversas regiões do Islã, seria difícil compreender como um Abu Abdallah, originário do Iêmen, poderia ter levado os kotama e outros grupos berberes a aderir a doutrina fatimíada”. Do mesmo modo, “como poderia a propaganda ismaelita espalhar-se por todo o mundo islâmico central e oriental sem o concurso da língua árabe?”. [Mantran, 1977, p. 163]

 

Língua e religião, em conjunto com o legado da antiguidade clássica e a contribuição de outras culturas [grega, persa, chinesa, indiana – com as quais os árabes estabeleceram relações] foram o alicerce para que, em pouco mais de um século, após a morte de Muhammad, os árabes e mais tarde, os povos por eles conquistados [desde a Península Ibérica até a Índia] fizessem parte do chamado “domínio muçulmano” [mamlaka] que “unidos por uma cultura comum, amalgamados pela língua árabe, pela experiência da peregrinação e ainda pela importância do comércio e da troca de conhecimentos entre as diferentes regiões desse conglomerado humano.” [Bissio, 2012, p. 40] construíram um dos mais longevos e importantes impérios da história.

 

Referências 

Renata Ary é doutoranda em educação, mestre em direitos difusos e coletivos e pós graduada em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo [PUC-SP].  

 

BISSIO. Beatriz. O mundo falava árabe: A civilização árabe-islâmica clássica através da obra de Ibn Khaldun e Ibn Batuta.  Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2012.

 

________. O pensamento político no Islã Clássico: A sociedade humana como objeto de estudo na Muqaddimah de Ibn Khaldun. 2013.

 

CAHEN. Claude. El Islam: Desde los orígenes hasta el comienzo del imperio otomano. História Universal, v. 14. Espanha: Siglo veinteuno editores. 1989.

 

HOURANI, Albert. Uma história dos povos árabes. Tradução: Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras. 2021.

 

LEWIS, Bernard. Os árabes na história. 2.ª ed. Lisboa: Editorial Estampa. 1990.

 

MANTRAN, Robert. Expansão muçulmana: séculos VII – XI. Tradução de Trude Von Laschn Solstein. São Paulo: Pioneira. 1977.

 

MENOCAL, María Rosa. O ordenamento do mundo. Rio de Janeiro: Editora Record. 2004.

10 comentários:

  1. De fato! Creio que herdamos muitas coisas magníficas deles! Obrigada por responder!

    Att.: Maria Eduarda Coelho Santos

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  2. Boa tarde, Renata. Parabéns pelo texto. Importantíssimo pensar nesses aspectos levantados. Acredito que o título do livro da Beatriz Bissio resuma o que foi levantado: O Mundo Falava Árabe. Diante desse mosaico complexo, como pensar uma reação berbere (amazigh) diante do avanço do Islã? Como pensar nessa receptividade que ao mesmo tempo aprendeu o árabe (como no exemplo de Abu Abdallah do Iêmen), mas combateu as expansões ortodoxas, seja com o kharidjismo, com o xiismo ou até os barghwatas?

    Att.: Pietro Enrico Menegatti de Chiara

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    1. Boa tarde Pietro! Obrigada pela pergunta! Eu acredito que, diante desse mosaico e da expansão muçulmana, além do fato das reações e receptividades como você bem cita, o Islã como unidade e civilização, teve que repensar o espaço que ocupava: conhecê-lo, compreendê-lo e até explicá-lo a fim de perenizá-lo, como efetivamente ocorreu (ao menos através da escrita).
      Att.
      Renata Ary.

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  3. Maria Teresa Lopes da Silva10 de agosto de 2023 às 07:13

    Bom dia, Renata Ary
    Parabéns pelo excelente texto. Estou completamente de acordo que a língua e a religião foram fatores de coesão na ibéria muçulmana durante a dinastia omíada. Ainda hoje as línguas portuguesa e espanhola conservam muitas palavras de origem árabe, nomeadamente as que começam por «al», incluindo muitos topónimos. A minha questão é a seguinte: será que a riqueza introduzida ao nível da agricultura (novas plantas- como a alface - novas árvores de fruto – como a laranja azeda que ainda hoje se encontra nas praças do Algarve e noutros locais – novas técnicas de irrigação dos campos – como a nora – não terão sido também fatores decisivos para a aceitação / integração dos povos dominados e para a própria coesão no seio da ibéria muçulmana? Se possível, gostaria de conhecer a sua opinião. Obrigada.
    Maria Teresa Lopes da Silva

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    1. Boa Tarde Maria Teresa! Obrigada pela pergunta! Sim, eu acredito que a agricultura (e suas técnicas) também é um dos grandes legados muçulmanos e serviram, ao lado da língua e da Fé, como base de unificação!
      Att.
      Renata Ary

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  4. Boa Tarde Maria Teresa! Obrigada pela pergunta! Sim, eu acredito que a agricultura (e suas técnicas) também é um dos grandes legados muçulmanos e serviram, ao lado da língua e da Fé, como base de unificação!
    Att.
    Renata Ary

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  5. Olá Renata! Parabéns pelo texto. Gostei muito da ênfase na questão cultural. Poderia explicar um pouco mais sobre a diferença dos governos dos Omíadas para os Abássidas? Você menciona a influência da corte no novo modelo, mas como operava o califado anterior? Obrigado.

    Rafael R. M. Ramos

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    1. Oi Rafael, boa noite! Obrigada pela pergunta! Existem algumas diferenças, mas creio que uma delas e muito importante é que os Omíadas tem origem Berbere, já os Abássidas, persas. O Estado Abássidas é mais centralizado, teocrático e alicerçado em uma forte burocracia estatal.
      Att.
      Renata Ary.

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  6. Olá Renata, boa noite! Foi bastante agradável ler o seu texto - apesar da complexidade do tema, foi uma leitura leve. Parabéns. Ao longo do texto você nos apresenta essa sociedade diversa e tolerante sob domínio Omíada. Minha pergunta (bastante genérica): há indícios de cooperação intelectual entre muçulmanos, judeus e cristãos? Se sim, você poderia citar alguma obra, ou centro de estudos que evidencie isso? Muito obrigada!
    Camila Cunha de Lacerda

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    1. Oi Camila, boa noite! Obrigada pela pergunta! Creio que as "crônicas moçarabes" ou "de 754" evidenciam bem essa cooperação.
      Att.
      Renata Ary.

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